Carros terão que tirar Kits de Farol Xênon - Brasil
Para circular com esse farol, será exigido uma tecnologia que já vem instalada de fábrica e não nos kits vendidos no Brasil.
O acessório, instalado em milhares de veículos no Brasil, está com os dias contados !
No congestionamento de luzes brancas, o azul é cada vez mais comum, até sobre duas rodas. Os faróis de gás xenônio - ou xênon - que desembarcaram no Brasil em carros importados viraram febre com a venda de kits trazidos da China.
Dois reatores e duas lâmpadas, que custavam R$ 1,8 mil, há dois anos, hoje saem por menos de R$ 300. “A vantagem é que ilumina três vezes mais e consome 40% menos de bateria do que uma lâmpada comum”, afirma o comerciante Cayê Ribeiro.
Claudeci Santos, que viaja muito de carro, aderiu à tecnologia há um ano. “Ela te dá assim um conforto e uma segurança maior para dirigir“, diz o autônomo.
Bom para quem tem, nem tanto para quem dá de frente com o farol. “Ele ofusca um pouco a vista. Acho um pouco ruim. Eu não gosto não”, opina o professor Lucio Agra.
Testes feitos em um laboratório mostram que a lâmpada branca comum e o farol xênon original de fábrica emitem um facho de luz bem definido, o que não acontece com o kit xênon colocado depois nos carros.
“Você sente uma cegueira momentânea. Como conseqüência, você pode ter uma colisão”, afirma o físico Carlos Takata.
O problema é a substituição de lâmpadas. O corpo do farol original é desenvolvido para um tipo específico de lâmpada. A de xênon exige um projeto calculado para ela, e kit nenhum oferece isso.
Polêmico, o farol de xenônio entrou na mira do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que editou uma série de medidas para evitar que a guerra de luzes se transforme em acidentes. A partir de 1º de janeiro do ano que vem, serão exigidos equipamentos sofisticados para circular com esse tipo de farol.
A Resolução 294 do Contran diz que só poderão rodar com faróis xênon carros que tiverem um sistema que regula a altura das lâmpadas, quando há desníveis na pista ou sobrecarga no porta-malas. Um equipamento impede que o facho do farol suba e ofusque outros motoristas. Também passam a ser obrigatórios os limpadores de farol, para que uma sujeira não mude a direção do facho de luz.
Essas tecnologias vêm instaladas de fábrica em carros luxuosos, mas não estão nos kits de adaptação vendidos no Brasil. Por isso, na prática, quem instalou os faróis de xênon, depois de comprar o carro, vai ter que tirá-los.
Segundo o Contran, o desrespeito à norma é considerado infração grave, que prevê multa de R$ 127 e retenção do veículo.
“É preciso ter fiscalização eficiente e competente. Isso precisa ser feito”, declara o físico Carlos Takata.
Fonte: [G1]
Para circular com esse farol, será exigido uma tecnologia que já vem instalada de fábrica e não nos kits vendidos no Brasil.
O acessório, instalado em milhares de veículos no Brasil, está com os dias contados !
No congestionamento de luzes brancas, o azul é cada vez mais comum, até sobre duas rodas. Os faróis de gás xenônio - ou xênon - que desembarcaram no Brasil em carros importados viraram febre com a venda de kits trazidos da China.
Dois reatores e duas lâmpadas, que custavam R$ 1,8 mil, há dois anos, hoje saem por menos de R$ 300. “A vantagem é que ilumina três vezes mais e consome 40% menos de bateria do que uma lâmpada comum”, afirma o comerciante Cayê Ribeiro.
Claudeci Santos, que viaja muito de carro, aderiu à tecnologia há um ano. “Ela te dá assim um conforto e uma segurança maior para dirigir“, diz o autônomo.
Bom para quem tem, nem tanto para quem dá de frente com o farol. “Ele ofusca um pouco a vista. Acho um pouco ruim. Eu não gosto não”, opina o professor Lucio Agra.
Testes feitos em um laboratório mostram que a lâmpada branca comum e o farol xênon original de fábrica emitem um facho de luz bem definido, o que não acontece com o kit xênon colocado depois nos carros.
“Você sente uma cegueira momentânea. Como conseqüência, você pode ter uma colisão”, afirma o físico Carlos Takata.
O problema é a substituição de lâmpadas. O corpo do farol original é desenvolvido para um tipo específico de lâmpada. A de xênon exige um projeto calculado para ela, e kit nenhum oferece isso.
Polêmico, o farol de xenônio entrou na mira do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que editou uma série de medidas para evitar que a guerra de luzes se transforme em acidentes. A partir de 1º de janeiro do ano que vem, serão exigidos equipamentos sofisticados para circular com esse tipo de farol.
A Resolução 294 do Contran diz que só poderão rodar com faróis xênon carros que tiverem um sistema que regula a altura das lâmpadas, quando há desníveis na pista ou sobrecarga no porta-malas. Um equipamento impede que o facho do farol suba e ofusque outros motoristas. Também passam a ser obrigatórios os limpadores de farol, para que uma sujeira não mude a direção do facho de luz.
Essas tecnologias vêm instaladas de fábrica em carros luxuosos, mas não estão nos kits de adaptação vendidos no Brasil. Por isso, na prática, quem instalou os faróis de xênon, depois de comprar o carro, vai ter que tirá-los.
Segundo o Contran, o desrespeito à norma é considerado infração grave, que prevê multa de R$ 127 e retenção do veículo.
“É preciso ter fiscalização eficiente e competente. Isso precisa ser feito”, declara o físico Carlos Takata.
Fonte: [G1]